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Dia 5 (Fez -> Merzouga)

Hoje acordámos com dores gastrointestinais, um dos males que afeta muitos dos turistas que visitam este país, talvez devido a abusos e ao pouco cuidado da seleção da comida que fomos comendo nas ruas de Fez.

O mais sensato talvez seria ficar mais um dia para tentar recuperar, pois a distância para este dia seria enorme, mas mesmo assim fizemo-nos à estrada.


Já saímos bastante tarde de Fez e logo nos apercebemos que nos esperaria uma viagem muito longa, pois o calor era tanto que nos obrigava a parar quase de 50 em 50 km para bebermos água e hidratar-nos. Depois como estávamos com dores de barriga, tínhamos que parar também em vários locais para poder ir ao WC e descansar um pouco.


Ainda tentámos comer algo, mas apenas conseguíamos comer pão e beber água. Felizmente que ao longo de todo o caminho existem inúmeras estações de serviço e vilarejos sempre com algum restaurante e até farmácias.


Passámos por Ifrane e ficamos surpreendidos como existe um cidade destas em Marrocos, parecendo mesmo uma cidade europeia ao estilo suíço, daí o seu apelido.


Passámos por Timahdite e a partir daí fomos contemplados com as maravilhosas paisagens do Atlas, tendo servido quase como antibiótico e feito com que não pensássemos nas nossas dores.

A viagem continuava longa e já ao final do dia chegamos a Errachidia. Mais à frente conseguimos contemplar o oásis de Tafilalet, mas a noite já teimava em aparecer.

Tivemos que fazer ainda mais alguma paragens pois os nossos corpos teimavam em não melhorar.


Já noite cerrada alcançamos Rissani e já pouco faltava para chegar ao hotel. Temendo a pista final, tinha ainda esperança que não fosse tão má como imaginava.


Mas chegando à pista reparei que esta era muito pior do que alguma vez imaginara. Muita gravilha, pedras, alguma areia, muitos buracos e isto a fazer durante a noite sem conseguirmos ver nada à nossa volta. Devemos ter demorado cerca de 30 minutos a percorrer quase 10km de pista, mas depois de um dia longo e cansativo parecia que não mais tinha fim.

Quando chegamos à entrada do hotel e quando achamos que já seria melhor este trecho, ainda conseguiu ficar pior, pois a partir daqui já só apanhámos areia.


A mota ficou atolada uma vez, tivemos que sair e tirá-la de lá. A minha namorada prosseguiu a pé e eu com muito cuidado lá continuei, até bem próximo do hotel. E já em pleno deserto, voltei a atola-la novamente e já não a consegui tirar mais.

Saí da mota e ela ficou ali enterrada na areia, sem necessidade de colocar qualquer descanso. Tiramos as coisas todas e fomos chamar ajuda para a tirar dali. Depois de a tirar já nem mexemos mais nela e ficou ali ao lado a dormir em pleno deserto, pois o que queríamos era simplesmente ir para o quarto descansar.


Já no quarto, sem ainda acreditarmos que tínhamos aqui chegado, tentamos recuperar, mas as dores de barriga eram insistentes. Tentamos comer algo mas não conseguimos, apenas queríamos beber água.


Agora é descansar e recuperar para amanhã acordar melhor e desfrutar o hotel e o deserto.



Estatísticas do dia:


Distância (km): 482,50

Tempo total (hh:mm): 13:00

Tempo de locomoção (hh:mm): 07:32


Abastecimentos: 2

Custo combustível (€): 17,30

Litros: 17,26

Média C.B. L/100km: 3,1


Alimentação (€): 5,20


Medicação (€): 3,80


Dormida (€): 80 (regime meia pensão)


Gorgetas(€): 0


Souvenirs(€): 0


Total (€): 106,30


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