top of page

Dia 10 (Marraquexe)

Hoje o dia foi dedicado exclusivamente a Marraquexe e à sua medina.

Saímos da nossa bonita Riad Losra de manhã, em direção aos mercados da antiga medina, sem qualquer itinerário marcado, simplesmente fomos e deixámo-nos perder por entre as suas ruelas.


Notamos logo uma diferença em relação à medina de Fés; por aqui a circulação de veículos é autorizada obrigando-nos a redobrar a atenção para evitar acidentes com as motas, pessoas, carroças de burros, etc.


Outra coisa que notámos é que por aqui os comerciantes também não nos pareceram tão "chatos" quanto os de Fés, que pareciam bem mais insistentes, mas tornando-se ao mesmo tempo até mais simpáticos e atenciosos.

Aqui o negociar também não me pareceu tão fácil, pelo menos em relação aos restaurantes, que já têm todos os preços tabelados e também não me pareceram estar interessados, nem terem a necessidade de o fazer, pois o número de turistas que por aqui circula é bem superior ao número que verficamos por outras cidades que visitamos.



Quisemos ainda visitar o bairro das especiarias e comprar algumas para levar conosco, pois ficámos apaixonados por estes temperos esperando desta forma conseguir matar algumas das saudades desta gastronomia em Portugal.


Compradas todas as coisas fomos para a praça Jemaa el-Fna assistir ao aglomerado de pessoas que se começava a juntar a partir das 18h. Nesta praça vê-se de tudo, desde milhares de pessoas, a centenas de barracas de alimentação, a encantadores de serpentes, músicos, bailarinos, contadores de histórias, macacos, etc. Quase que me arriscaria a dizer que deve ser uma das praças mundiais com mais vida.

Se na noite anterior esta já estava ao rubro, hoje preparava-se para seguir o mesmo caminho, com imensas pessoas a juntarem-se por aqui e prontas para mais uma noite de muita animação.


Como queríamos deixar as coisas na Riad para depois ir jantar mais descansados resolvémos explorar um pouco a parte nova da cidade.


Saímos então dos muros da medina e redescobrimos um mundo completamente diferente daquele que conhecíamos até então no interior da medina.


Por aqui já não circulavam os carros a cair aos bocados e a deitar imenso fumo, mas sim carros de luxo, as pessoas já andavam bem mais arranjadas e com um estilo bem mais ocidental, vendo mulheres bastante pintadas e até de salto alto.


O custo de vida é também mais elevado e por aqui tivemos que optar mesmo por comer numa conhecida cadeia de fast food para não corrermos o risco de deixar aqui todo o nosso orçamento.


Foi impressionante termos conseguido ver nesta cidade os extremos que existem também neste país, parecendo que a medina alberga um outro mundo, servindo quase como uma bolha que separa aquela população bizarra do mundo real.


Como não gostámos muito deste lado, quisemos voltar para a confusão da medina e da sua praça, assim como para junto das pessoas simpáticas e alegres.

Ficámos por aqui até bastante tarde, decidindo que no dia seguinte não iríamos visitar as cascatas de Ouzoud, pois como é fim de semana e já andam muitos turistas pela cidade, certamente que iría ser uma confusão enorme nas cascatas. Assim, e como começámos a trabalhar na segunda feira, amanhã começámos a tratar do nosso regresso a casa, passando por Casablanca e Rabat, para depois tentar alcançar Tânger para ficar mais perto do porto e embarcar no dia seguinte.


Quanto a Marraquexe, no geral gostámos, sendo uma cidade diferente de todas aquelas por onde passámos, muito mais vocacionada para o turismo é certo, muito mais comercial e arranjada, deixando transparecer um certo traço marroquino, mas nada comparado ao resto do país.



Estatísticas do dia:


Distância (km): 11,90

Tempo total (hh:mm): 05:36

Tempo de locomoção (hh:mm): 03:05


Abastecimentos: 0

Custo combustível (€): 0

Litros: 0

Média C.B. L/100km: 0


Alimentação (€): 18,30


Dormida (€): 32


Souvenirs (€): 20


Total (€): 70,30


Posts recentes
bottom of page