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Dia 2 (Campo do Gerês > Cabril > Ferral > Cabeceiras de Basto > Amarante)

Eram 8:30 e o sol já espreitava pela nossa janela, quase como nos convidando a sair da cama e fazermos-nos à estrada. Estava na hora de arrumar as coisas e sair para o nosso último dia no Gerês.

Já de barriga cheia lá saímos com as motas do Abrigo da Geira e fomos em direção ao Miradouro da Pedra Bela, pela belíssima estrada M533.

Aqui a M533 "camuflada" na montanha, sem dúvida uma das estradas a percorrer pelo Gerês. Já ontem a tínhamos feito no regresso ao Abrigo, após regressar pela N308-1, também com umas belas curvas.

Do miradouro Pedra Bela seguimos em direção à Cascata do Arado, locais bem próximos e que merecem sem dúvida uma visita.

Antes de chegar à cascata existe um estradão que se faz muito bem, até de carro e depois é necessário subir algumas escadas para chegar à cascata. É um local agradável e de fácil acesso, que infelizmente as fotos aqui tiradas, não o demonstram.

Por esta altura a temperatura subia e por momentos parecia que estávamos em plena primavera. Toca a tirar uma camisola e prosseguir viagem bem mais leves.


Seguimos em direção a Cabril para antes parar na cascata do Tahiti (Latitude: 41º42’13.94 N Longitude: 8º06’36.71 W). Cascata sem sinalização, mas que vale a pena visitar, pois é lindíssima.

Há é que ter bastante cuidado, pois o acesso à cascata, apesar de agora ter umas escadas, não deixa de ser perigoso se não tomarmos precauções.

Apetecia mesmo mergulhar, mas o calor não era assim tanto e a água estava gelada...o normal para este local.

O último ponto de visita desta vadiagem seria a Ponte de Misarela e assim seguimos viagem em direção a Vila Nova.

O acesso à Ponte é feito também por um estradão, que em alguns pontos, para um carro será bem apertado, mas a pé a caminhada também é curta.

E sinceramente vale cada quilómetro de esforço esta obra do "diabo", erguida sobre o rio Rabagão e envolta de inúmeras lendas e histórias.

Ficamos aqui uns bons momentos a contemplar esta bela obra e a imaginar como na Idade Média a teriam construído...dá que pensar sem dúvida.

Já passavam das 13h e as nossas barrigas começavam a queixar-se. Estava na hora de procurar um restaurante para comer qualquer coisa.


De regresso a casa, pela N103 lá avistamos junto à estrada um restaurante (Assador Barrosão)...eram já perto das 14h e não podíamos ser muito seletivos. Entramos e logo nos propuseram uma Posta Barrosã, que foi prontamente aceite.

Depois de uma excelente refeição e já de barriga bem cheia, a vontade era tirar uma sesta, mas o tempo não parava e a temperatura começava a baixar, tempo para voltar a casa e pelo caminho mais curto, pois depois de chegar a Amarante, ainda me esperavam cerca de 180km até Coimbra.


Conclusão


Muitos dirão e com razão, que dois dias são insuficientes para visitar e conhecer o Parque Nacional da Peneda Gerês, mas quero com esta viagem demonstrar, para aqueles que não tem mais que um fim de semana, que é possível realizar uma escapadela e conhecer alguns dos belos locais que o Gerês tem para nos oferecer, voltando a casa com uma enorme vontade de um dia regressar e descobrir outros locais.


Quanto à minha experiência e tendo já visitado o Gerês anteriormente, mas de carro, voltar a este local de mota foi fantástico, recomendando desde já, a quem tem mota, que a leve a este local pelo menos uma vez na vida.


Se algum dia sonharam estar com a vossa mota, num lugar mágico, observando animais selvagens, conduzindo por estradas fantásticas e com cenários de cortar a respiração...então deixem de sonhar e façam-se à estrada em direção ao Gerês, pois não se irão arrepender garanto-vos :)


Estatísticas do dia:

Distância (km): 137

Abastecimentos: 0

Média C.B. L/100km: 3,4 (NC)

Alimentação (€): 30

Total (€): 30

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