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Test drive - Honda PCX

Certamente que todos os interessados da Honda PCX já devem ter lido inúmeros artigos de “test drive”, uns em revistas de especialidade, outros de carisma e experiência pessoal ou simplesmente já experimentaram e formaram a sua opinião.


Antes de comprar a PCX também eu li testes realizados, assim como li muitas opiniões acerca deste modelo. Não tive a oportunidade de fazer o “test drive” antes de a comprar e de certa forma “aventurei-me” sem saber se iria adaptar-me, mais ainda porque nunca tinha possuído nem andado de moto.


A primeira vez que andei de PCX foi quando fui busca-la ao concessionário. Sem nunca ter andado de moto, a primeira vez que me sentei nela foi tão simples como pegar numa bicicleta e começar a andar. Muito leve, fácil de conduzir e bastante maleável, saí do stand em direção a casa e foram mais de 70km de puro prazer e sempre de sorriso aberto.


Durante a primeira semana realizei mais de 1000km com a PCX, não conseguindo deixá-la parada por muito tempo na garagem. O prazer de andar nela era tal, que o tempo demorava a passar até sentar-me novamente nela e simplesmente poder sair e rolar. Até à primeira revisão (1000km), precisei conter-me para não rodar demasiado o punho, concretizando uma rodagem tranquila e segura para que a longo prazo não tivesse problemas de maior a nível mecânico. E que tentação resistir aos arranques depois do semáforo passar a verde!


Honda PCX_edited

Superados mais de dois anos com a PCX detenho uma opinião mais completa em relação ao modelo, salientando melhor os seus prós e contras, sem entrar em comparações com outros modelos, pois nestes dois anos a experiência apenas se resume à PCX e a Honda CB500 da escola de condução, onde entretanto tirei a carta de moto.


De design moderno, cativante e na minha opinião, muito bonita, esta pequena é ágil, capaz de serpentear facilmente o trânsito urbano e fugir aquelas filas intermináveis. Apesar dos seus defeitos tem uma relação preço/qualidade muito boa, que poucas marcas conseguem ter atualmente.


O consumo é mesmo muito baixo consumindo ao longo destes 2 anos, uma média de 2,4 L/100Km conseguidos maioritariamente em cidade com condução despreocupada. A média mais baixa conseguida até hoje foi abaixo de 1,8L/100Km e a mais alta pouco acima de 3L/100Km.


Como “tendão de Aquiles” apontaria à sua suspensão, de facto toda a gente lamenta este ponto e seria sem dúvida um dos aspetos que deviam melhorar, sendo desconfortável andar em piso muito mau com a PCX, mais ainda com pendura. Os travões apesar do sistema de travagem combinada, são eficientes na pequena PCX, mas poderiam travar um pouco melhor e a pouca proteção aerodinâmica é facilmente resolvida com um vidro maior.


Se a cidade é o seu “habitat” natural, a autoestrada é precisamente o inverso. Todos nós sabemos que uma 125 não atinge velocidades elevadas, assim como é mais susceptível a ventos laterais por ser mais pequena e leve, mas é competente neste percurso, exigindo somente mais paciência ao seu condutor.


Quem procura uma moto para deslocar-se maioritariamente em autoestrada, admito que a PCX não seja a melhor solução, pois considero que a curto prazo o seu proprietário vai cansar-se e querer evoluir rapidamente de cilindrada. Mas, se os deslocamentos diários são maioritariamente urbanos, como é o meu caso, aí sim a PCX será uma escolha sem dúvida muito racional, pois irá conseguir poupar muito dinheiro em combustível, estacionamento, seguro, impostos e tempo.


Em conclusão, para quem se quer iniciar no mundo das duas rodas, não tem carta de moto e tem algum receio em investir numa moto, a Honda PCX é uma aposta segura, não sendo a única no sector, mas sendo sem dúvida uma das opções que consegue oferecer melhor relação preço/qualidade.


Atualmente a Honda atualizou o seu modelo corrigindo alguns dos seus defeitos anteriores mantendo os seus pontos fortes, o preço e a qualidade. Para quem o objetivo é deslocar-se 90% pela cidade e ter que fazer 10% de autoestrada/vias rápidas de vez em quando ou por uma curta distância, este é o modelo ideal, capaz ainda de realizar passeios maiores caso o proprietário ambicione. Mas para quem planeja fazer mais autoestrada esta poderá não ser a melhor opção acelerando o risco de se cansar e desejar evoluir de cilindrada rapidamente, no entanto, não deixa de ser uma boa moto para dar início à sua paixão pelas duas rodas e um ótimo modelo para evoluir posteriormente de cilindrada.



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