top of page

Test drive - Africa Twin

Hoje como tive que deixar a NC na Ondacoimbra para realizar a revisão dos 12000Km, aproveitei para testar finalmente a rainha Africa Twin, mota que tanto se fala ultimamente e que me foi gentilmente cedida pelo concessionário para realizar um "test drive" sem qualquer preocupação de tempo e quilómetros.

Honda Africa Twin

Assim, aproveitei para realizar um teste por estradas sinuosas, estrada aberta e num percurso citadino, faltando o teste no seu habitat natural, fora de estrada, que sinceramente, nunca me deixaria confortável, pois não tenho experiência nestes terrenos e por esta não ser minha. Ficam esses testes para os mais experientes.


Relembro que a minha experiência em duas rodas é muito recente e o meu currículo de motas conduzidas resume-se a não mais de 6 modelos, pelo que ao longo deste teste irei compará-la inadvertidamente com a minha NC, até porque nunca antes testei também uma outra moto "trail".

Honda Africa Twin

Ali estava ela à espera que alguém se sentasse e saísse para fazer uns bons quilómetros. De estatura imponente, esta moto impõe respeito e deixa logo qualquer um, só de olhar para ela nervoso. Entregaram-me a chave e lá fui eu na direção dela, também meio nervoso e a pensar como iria sair dali com ela, pois parecia grande e pesada.


Mas essa sensação foi rapidamente dissipada mal me sentei nela e assentei com facilidade ambos os pés no solo, mesmo com a posição mais alta do banco e lhe senti a leveza ao endireitar a mota e retirar o descanso lateral.


Se na NC parecia estar a conduzir bastante alto, na AT a sensação é ainda melhor, provando uma sensação de poder, tal como se estivéssemos sentados num trono...que bela sensação!


Outro aspeto que me agradou bastante foram os seus comandos e posição de condução, ficando numa posição mais direita e natural em relação à NC, que aliado ao conforto do seu banco se traduz num menor cansaço. O que por exemplo, não aconteceu na primeira vez qua andei na NC que me lembro bem de achar a posição e o banco desconfortável, melhorando apenas com a adaptação.


Mas com a AT garanto-vos que não precisam dessa adaptação, só mesmo pegar na chave, sentar, ligar a mota e siga, pois esta mota é tao confortavel e fácil de conduzir que mais parece nos pertencer desde sempre.

Honda Africa Twin

Já na estrada o que mais me agradou na AT foi a suavidade da sua embraigem deslizante e facilidade de colocoar as mudanças, sendo a caixa bastante silencicosa, em comparação por exemplo com a NC. Já o acelerador achei bastante fácil de dosear e muito responsivo, tendo esta AT bastante força e abrindo-nos um enorme sorriso ali a partir das 4000rpm's.


Num percurso de estrada sinuosa e montanhoso os consumos mantiveram-se altos, comparando com a NC que me habitua mal, mas claro que falamos num motor 1000cc e numa mota que nos oferece uma outra diversão de condução e aqui é fácil obter um consumo de 6,5l/100. Mas que traduzido em divertimento, isto não é nada.


A nível de mudanças de direção, esta mota curva muito bem e senti-me com a mesma confiança que tenho na minha NC, mesmo sendo a primeira vez que andei nesta mota. As suas recuperações são também muito boas e não é necessário estar sempre a baixar e subir velocidades, mas caso gostem de uma condução mais agressiva, esta caixa irá com certeza proporcionar-vos uma deliciosa sensação.


Passando à estrada aberta a AT volta a surpreender com a sua rápida aceleração, em qualquer velocidade, inclusive numa 6ª, coisa que na NC é impensável. Nesta podia acelerar desde os 85Km/h até velocidades superiores em 6ª, sem ter a mínima necessidade de baixar uma mudança e sem ouvir o motor bater.


Outra coisa que me surpreendeu bastante foi a sua estabilidade a velocidades superiores, mesmo com ventos laterais, que confesso ser muito melhor que a NC. Na NC a determinadas velocidades e com vento lateral este faz-se sentir, coisa que na AT não senti, mesmo sendo mais alta e ter um peso menor.


Neste teste deu para sentir alguma turbulência acima do meu capacete, com o vidro de origem, mas que acredito ser facilmente resolvido com um vidro mais alto. A nível de vento no peito não senti qualquer pressão.


Em estrada aberta a andar a 120km/h o computador de bordo mostrava um consumo instantâneo de 3,5 a 4 l/100, ou seja o mesmo que a NC nestas condições.


Queria também testar a AT num percurso citadino, percorrendo o caminho que faço diariamente com a NC. Mesmo sendo a primeira vez que andava nela neste ambiente, senti-me muito à vontade para andar entre os carros, achando até, esta mais fácil de manusear entre carros, talvez por ser mais alta. O seu peso não se faz nada sentir e também neste ambiente a AT continua a surpreender, pela sua leveza e maneabilidade, demonstrando-se claramente ser uma moto capaz de serpentear o transito diário.


Neste percurso o cb variou entre os 3,5l/100km aos 4,8l/100km, isto sem acelerações, andando tranquilamente, o que me parece que, com a AT conseguiria fazer consumos muito proximos dos anunciados pela honda, ou seja, 4,8l/100km, gastando cerca de 1l a mais em comparação com a minha NC neste mesmo ambiente.


Para além do seu conforto, maneabilidade e recuperações outra coisa que adorei foram as suas suspensões, aqui sim estamos a falar de duas divisões acima das da NC. Irregularridades da estrada? O que é isso com estas suspenções! Claramente uma enorme diferença em relação à minha NC.


Quanto aos travões, travam muito bem, mas como esta era a versão sem abs, em algumas situações por não dosear ainda bem os travões senti a traseira derrapar, pelo que para mim, a versão abs justificaria o investimento extra, já que me habituei a esta tecnologia e a considero indispénsavel para maior segurança.


Em jeito de resumo, o que mais adorei nesta mota foi o seu enorme conforto, que em mais de 1h30m não me deixou minimamente cansado, as suas suspensões, a sua leveza, que mesmo parada é muito fácil de manobrar, até mais que a NC e as suas recuperações em qualquer velocidade. A mota em si está muito bem conseguida e tem bons acabamentos, salientando o bonito painel de instrumentos, que é muito completo e tem muita informação.


Tem para mim a potência mais que suficiente para o dia a dia e aquelas longas viagens mesmo a dois e carregada. Para quê mais? Sinceramente, eu que sou um iniciante, não percebo o porquê uma mota "trail" ter muitos mais cavalos.


O que menos gostei foi a sua proteção aerodinâmica, que pelos vistos piorou com a colocação do gps, mudando o habitual fluxo de ar, mas que também se resolverá muito facilmente com um vidro mais alto, o seu consumo, pois estou mal habituado aos consumos da PCX e da NC, em que tudo o que seja acima de 4l já é muito (maus hábitos) e claro, o seu preço, porque não tenho disponível este valor na minha conta bancária para a trazer já para casa.


Mas falando mais a sério acerca deste último ponto e analisando a concorrência mais direta, que acredito serem a BMW F800GS/Adventure, a Triumph Tiger 800xc, talvez também a Suzuki V-strom 1000 e a KTM 1050ADV, o preço até que não está desajustado, não havendo grandes diferenças entre si. Depois existem outras classes acimas, mas penso com objetivos diferentes e já com valores bem mais elevados.


Se me pergutassem se trocaria a minha NC pela AT, a resposta seria muito fácil, claro que sim, pois iria ter uma mota com maior potência, capaz de realizar viagens mais longas, com maior conforto para mim e com certeza também para a pendura e teria mota para me iniciar nuns percuros mais "offroad", o que muito me agrada. Talvez investiria até na versão DCT, pois tendo zero experiência em "offroad", acho que esta tecnologia vem ajudar muitos como eu que se querem iniciar nestas andanças e que quando sair da estrada não quer pensar no peso da mota, na embraigem, nas mudanças que tenho que meter, etc. Acredito mesmo que este sistema funcionará muito bem nestas condições. O pior era ter que me habituar aos consumos mais altos e imposto mais caro.


Quanto à evolução natural, há que tirar o chapéu à Honda pois acredito que muitos dos cliente que irão investir neste modelo serão cliente provenientes das NC's, muitos até já provenientes da magnífica PCX...bem jogado Honda! Excelente marketing aproveitando muito bem a lei das 125cc.


No entanto a NC continua a preencher-me as medidas e sonho ainda realizar uma grande viagem com ela. Para o meu dia a dia esta é também a opção mais lógica e racional, ficando com a AT na minha lista de desejos futuros.


Antes de concluir esta partilha gostaria de agradecer à Ondacoimbra a cedência da mota e me deixarem à vontade para testar o modelo, convidando-vos igualmente a passarem pelo concessionário e experimentarem este belo modelo e deixarem o vosso feedback...acreditem que vale muito a pena!


P.S.: Não se esqueçam é de tomar antes do test drive a vacina para o vírus...Africa Twin :)


Honda Africa Twin

A manhã não ajudou muito às fotos, mas fica aqui um pequeno registo fotográfico.

Honda Africa Twin

O escape de origem está muito bem conseguido e tem uma bela sonoridade.

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

As suspenções são soberbas e ajustáveis.

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

Já possui uns poisa-pés bem dimensionados, que facilitam a condução fora de estrada e a posição "de pé".

Honda Africa Twin

Honda Africa Twin

Já possui os suportes das malas incorporados na mota.

Honda Africa Twin

Aqui a AT na versão tricolor já vendida.

Posts recentes
bottom of page