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Cicloturismo - uma forma diferente de viajar

Depois de vos ter apresentado a bicicleta que me levará por uns quilómetros a passear por aí, quero falar-vos um pouco acerca desta forma de viajar, saudável, económica e saudável...que pelos vistos é até muito popular por todo o mundo.

Não vou querer aqui entrar em muitos pormenores técnicos, nem apresentar-vos o "Santo Graal" do cicloturismo, até porque, tal como vos anunciei anteriormente, sou um mero iniciante nesta prática. Quero apenas introduzir o tópico e deixar-vos com a curiosidade um pouco mais aguçada acerca desta temática.


Se até então pouco ou nada sabia acerca deste assunto, quando comecei a pesquisar um pouco mais percebi que a prática do cicloturismo movimenta milhões de praticantes em todo o mundo e está em crescimento, segundo diversos estudos.


Estima-se que a cada ano se realizem 2.300 milhões de viagens de bicicleta representando um valor superior a €44.000 milhões, segundo um estudo de 2012 encomendado pelo Parlamento Europeu e que 20,4 milhões cicloturistas pernoitam uma ou mais noites ao longo da sua rota, representando mais de €9.000 milhões anuais em dormidas.


Se a rede EuroVelo for concluída em 2020, o estudo estima que haverá mais de 60 milhões de viagens a cada ano, gerando €7.000 milhões de receitas anuais.


Países como a Alemanha, Dinamarca, Holanda, Áustria ou França têm um elevado número de praticantes sendo que, o principal país emissor de cicloturistas na Europa é a Alemanha, seguida do Reino Unido e a Holanda.


E já que referenciei atrás a EuroVelo, esta é uma rede Europeia de Ciclovias, projetada pela Federação Europeia de Ciclistas com o objetivo de desenvolver 12 rotas cicláveis de longa distância cruzando todo o continente Europeu, totalizando um total de rotas que ultrapassa os 65.000 km.

Lançado em Março 2013, a eurovelo.com promove a rede EuroVelo e oferece a informação mais atualizada para os cicloturistas que planeiam a sua viagem. Os utilizadores podem encontrar informação por país ou por rota.

Este site tem como objetivo ser o centro de ligação entre os utilizadores e a informação específica sobre a rota: links a mapas, guias, serviços, e sites nacionais. A nova secção de notícias oferece informação sobre diferentes partes da rota e historias dos utilizadores que já percorreram o trajeto, procurando incentivar mais pessoas.

Rotas Norte - Sul


EuroVelo 1 - Rota da Costa Atlântica: Cabo Norte - Sagres 8.186 km

EuroVelo 3 - Rota dos Peregrinos: Trondheim - Santiago de Compostela 5.122 km

EuroVelo 5 - Rota Romea Francigena: Londres - Roma e Brindisi 3.900 km

EuroVelo 7 - Rota da Europa Central: Cabo Norte - Malta 6.000 km

EuroVelo 9 - Rota do Báltico ao Adriático: Gdańsk - Pula 1.930 km

EuroVelo 11 - Rota da Europa de Leste: Cabo Norte - Atenas 5.964 km

Rotas Oeste - Este

EuroVelo 2 - Rota das Capitais: Galway - Moscovo 5.500 km

EuroVelo 4 - Rota de Roscoff - Kiev 4.000 km

EuroVelo 6 - Rota do Atlântico ao Mar Negro: Nantes - Constanţa 3.653 km

EuroVelo 8 - Rota do Mediterrâneo: Cádiz - Atenas 5.388 km


Circuitos

EuroVelo 10 - Circuito do Mar Báltico: 7.930 km

EuroVelo 12 - Circuito do Mar do Norte: 5.932 km



O comprimento total destas rotas ultrapassa os 70.000 km e atravessa 42 países.


Aprofundando um pouco mais as pesquisas descobri uma outra plataforma, muito idêntica ao Couchsurfing (utilizada outrora e com excelentes experiências), que é a Warm Showers (Duches Quentes), comunidade que trocam gratuitamente hospitalidade para cicloturistas de todo o mundo. Pessoas que estão dispostas a hospedar cicloturistas criando uma conta e providenciando o seu contacto.

Quanto às minhas preocupações "pré preparação" de uma viagem cicloturistica destaco os seguintes pontos:


Escolha da bicicleta


A escolha de bicicleta, tal como no mundo das motas é sempre uma decisão difícil porque o mercado está recheado de opções, para todos os gostos e carteiras.


Se nas motas as Adventures" estão na moda e com elas nos vendem os sonhos de viajarmos mundo fora, nas bicicletas também existem opções idênticas, designadas normalmente de bicicletas "trekking", mais vocacionadas para o turismo e longas viagens.


Mas existe um velho ditado no cicloturismo que nos diz, que a melhor bicicleta para viajar é aquela que temos, demonstrando a simplicidade do cicloturismo e que não é necessário um grande investimento inicial para começar esta prática.


A minha opção acabou por recair numa opção mais económica, vocacionada para os circuitos urbanos, com capacidade de carga e que me desse o mínimo de confiança para enfrentar os quilómetros até ao nosso destino final.


Preparação Física


Quando meti na cabeça que queria viajar de bicicleta comecei a ganhar o hábito de andar 2 a 3 vezes por semana, sempre de forma moderada, pois o ritmo de um cicloturista é completamente diferente do ritmo de um atleta, para assim ganhar algum ritmo e resistência para enfrentar os quilómetros de uma viagem cicloturística.


Estar fora de forma não será por isso uma desculpa para deixarem de fazer uma viagem de bicicleta e até pode ser uma boa desculpa para melhorarem a vossa forma física. Ao contrário do que muita gente possa pensar, não é necessário ser nenhum atleta para fazer uma viagem de bicicleta e praticamente qualquer pessoa pode tornar-se num cicloturista.


Cheguei também a fazer alguns treininhos com alforges para me habituar a rolar com peso e perceber como era a estabilidade da bicicleta carregada, completamente diferente de andar sem carga.


Alimentação


Se ao andarmos na mota uma das nossas preocupações é abastecê-la antes de terminar o combustível , no cicloturismo a ingestão de alimentos e líquidos será a nossa principal preocupação ao longo da viagem.


A alimentação é fundamental para repor as perdas dos nutrientes gastos durante a viagem, que numa jornada pode fazer o nosso corpo gastar muitas calorias e facilmente alcançar as 5.000 kcal despendidas, quando normalmente precisamos à volta de 2.000 kcal/dia dependendo da atividade física de cada um.


Nas pedaladas o melhor sistema será comer pouco, várias vezes ao dia e beber muitos líquidos no mesmo sistema. Assim manteremos as reservas energéticas e garantimos a reposição de líquidos/sais minerais perdidos no suor, evitando problemas causados pela combinação de uma alimentação exagerada seguida de atividades físicas.



E assim vos apresentei as minhas principais preocupações para preparar esta viagem, restando partilhar finalmente convosco o "Road-book" da próxima viagem e "Preparação de equipamento" que levarei nesta aventura.


Por isso fiquem atentos aos próximos "Posts" no blog, Facebook e Instagram!

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